No domingo à noite, o presidente Trump demonstrou seu total apoio ao secretário de Defesa Pete Hegseth durante uma ligação telefônica. A chamada ocorreu poucas horas após um relatório do The New York Times revelar que Hegseth compartilhou detalhes sobre ataques militares em um grupo do Signal. Durante a conversa, Trump afirmou que responsabiliza "denunciantes descontentes" pelo vazamento e reiterou seu respaldo ao secretário. Na manhã seguinte, a porta-voz da Casa Branca Karoline Leavitt defendeu publicamente Hegseth, negando que informações classificadas tenham sido compartilhadas. Este caso reflete a postura de Trump em apoiar seus funcionários principais, mesmo diante de polêmicas crescentes.
O telefonema entre Trump e Hegseth ocorreu por volta das 20h, conforme relatado por alguém com conhecimento direto da conversa, que preferiu manter anonimato. Durante a comunicação, o presidente destacou sua experiência em lidar com denunciantes e instruiu sua equipe a defender publicamente o secretário de Defesa. O episódio envolveu um grupo criado para discutir estratégias relacionadas à nomeação de Hegseth, que incluía familiares próximos e seu advogado pessoal. Essas circunstâncias levaram a acusações de que informações sensíveis foram indevidamente compartilhadas.
Na segunda-feira, Karoline Leavitt apareceu no programa "Fox & Friends", onde enfatizou que Hegseth não havia divulgado informações confidenciais. O relatório do The New York Times mencionava especificamente detalhes sobre planos de ataque contra os houthis no Iêmen, discutidos antes da operação real. Esse incidente gerou críticas adicionais, especialmente porque o grupo do Signal foi criado pelo conselheiro de segurança nacional Michael Waltz, que inadvertidamente incluiu o editor da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg.
A decisão de Trump de fechar fileiras em torno de Hegseth contrasta com sua abordagem anterior durante sua primeira administração, quando ele frequentemente demitiu altos funcionários envolvidos em controvérsias. Além disso, no mesmo domingo, John Ullyot, ex-porta-voz de Hegseth, publicou um ensaio contundente no Politico, criticando o caos na liderança do Pentágono sob o comando atual.
Esses eventos colocam em evidência as tensões internas dentro do Departamento de Defesa e a determinação do presidente em proteger seus aliados estratégicos, mesmo diante de crescentes questionamentos sobre práticas de gestão e transparência. A situação também destaca o impacto dos meios de comunicação modernos na política contemporânea.