Advogados de imigrantes venezuelanos enfrentando deportação submeteram um pedido emergencial à Suprema Corte para continuar impedindo as remoções e esclarecer os meios pelos quais podem contestar sua expulsão. Em documentos apresentados em 21 de abril, os representantes do ACLU reconheceram que estavam fazendo uma solicitação extraordinária, justificada pela urgência da situação. A administração havia transportado centenas de supostos membros de gangues para uma prisão notória em El Salvador em 15 de março e colocado mais venezuelanos em ônibus no dia 18 de abril. Essas ações levaram os advogados a afirmarem que o perigo era real e iminente.
O caso está entre vários contra a administração após o presidente Donald Trump declarar as gangues criminosas MS-13 e Tren de Aragua como organizações terroristas estrangeiras, invocando a Lei dos Inimigos Estrangeiros para acelerar as deportações. Contudo, os migrantes argumentam que não tiveram oportunidade de refutar suas ligações com essas gangues ou de outra forma contestar sua deportação. Um exemplo emblemático é o de Kilmar Abrego Garcia, um migrante salvadorenho deportado em 15 de março apesar de uma ordem judicial que proibia sua remoção, atribuída ao governo como um erro. Em resposta, a Suprema Corte temporariamente bloqueou as remoções de venezuelanos sob a Lei dos Inimigos Estrangeiros em 19 de abril.
A proteção legal para os migrantes é fundamental para garantir que todos tenham direito a um processo justo antes de serem enviados de volta aos seus países. A decisão da Suprema Corte, mesmo que provisória, ressalta a importância de revisar cuidadosamente as políticas de deportação para evitar erros judiciais e injustiças. Além disso, o papel das cortes inferiores na interpretação dessas leis deve ser fortalecido para assegurar que todos recebam notificações adequadas e tenham a chance de contestar suas deportações, promovendo assim um sistema migratório mais humano e equitativo.