O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou uma reestruturação significativa dentro do Departamento de Estado, com o objetivo declarado de simplificar uma burocracia que ele descreve como "excessivamente inchada". A reforma inclui a redução de aproximadamente 700 postos de trabalho e o fechamento de 132 escritórios. Em um comunicado publicado em sua plataforma Substack, Rubio criticou certas áreas do departamento, como a Divisão de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho, sugerindo que esta se tornou uma ferramenta para ativistas de esquerda promoverem suas agendas contra líderes conservadores globais e adotarem políticas anti-Israel. As mudanças também envolvem a transferência do controle de alguns departamentos para outras autoridades e a eliminação de cargos importantes, como o Subsecretário de Segurança Civil, Direitos Humanos e Democracia.
Rubio introduziu profundas transformações no Departamento de Estado, concentrando-se na redução da força de trabalho e na redefinição das responsabilidades de várias divisões. Ele mencionou especificamente a necessidade de reavaliar as funções da Divisão de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho, acusando-a de permitir que ativistas influenciassem decisões diplomáticas de maneira prejudicial à política externa americana. Ao invés de manter essa divisão independente, Rubio decidiu colocá-la sob supervisão direta do Coordenador para Assistência Externa.
Além disso, o cargo de Subsecretário de Segurança Civil, Direitos Humanos e Democracia foi extinto, resultando no fechamento de múltiplas subdivisões, incluindo a Unidade de Operações de Conflito e Estabilização, criada após a guerra no Iraque liderada pela administração Bush. Essas mudanças representam um ajuste estratégico para alinhar melhor os recursos do Departamento de Estado às prioridades atuais do governo.
Ao planejar cortar cerca de 15% do quadro de funcionários, Rubio garantiu que não haverá demissões imediatas; notificações oficiais de redução de pessoal serão distribuídas posteriormente conforme o cronograma estabelecido. No entanto, essas alterações geraram preocupações entre parlamentares democratas, como a senadora Jeanne Shaheen, que alertou sobre o risco de retirada dos Estados Unidos da cena internacional, deixando espaço para potências rivais como China e Rússia ampliarem sua influência global.
A administração Trump informou formalmente ao Congresso sobre o plano de reorganização, enquanto legisladores democratas pediram explicações detalhadas de Rubio, especialmente após a dissolução da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Os remanescentes da USAID serão integrados ao Departamento de Estado, com maior coordenação das agências regionais, de acordo com assessores de Rubio.
Embora o plano atual não aborde diretamente a presença internacional do Departamento de Estado, rumores indicam que até duas dezenas de consulados e embaixadas podem sofrer cortes futuros. A reestruturação proposta por Rubio marca uma nova fase no funcionamento do Departamento de Estado, equilibrando eficiência administrativa com as demandas complexas da política externa moderna.