As negociações diplomáticas planejadas para quarta-feira entre países europeus e autoridades americanas sofreram uma redução significativa. A decisão do Secretário de Estado Marco Rubio de não participar levou também o ministro britânico das Relações Exteriores, David Lammy, a reconsiderar sua presença. Apesar disso, diplomatas de nível inferior dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Ucrânia ainda se reunirão para discutir questões técnicas. O recuo na reunião eleva incertezas sobre as tentativas de negociar um cessar-fogo no conflito entre Rússia e Ucrânia.
A mudança nas discussões diplomáticas reflete desafios crescentes na busca por uma solução pacífica ao conflito russo-ucraniano. Inicialmente projetada como uma reunião de alto nível com representantes-chave da Europa e EUA, ela foi reduzida após Rubio justificar sua ausência com "problemas logísticos". Isso gerou preocupações sobre a viabilidade de um plano de paz proposto pela administração Trump, que inclui condições controversas, como a anexação legal da Crimeia pela Rússia e a exclusão da Ucrânia da OTAN.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou firmemente essas exigências, destacando que aceitar a perda da Crimeia seria inconstitucional. Enquanto isso, Lammy optou por realizar encontros separados com seu homólogo ucraniano em Londres, mantendo assim o diálogo diplomático vivo. Embora os ministros tenham se encontrado recentemente em Paris, Rubio advertiu que, sem avanços rápidos, o presidente Trump pode priorizar outras questões globais.
No lugar de Rubio, Keith Kellogg, ex-general e enviado especial de Trump para a Ucrânia e Rússia, liderará as conversas técnicas. Em mensagens nas redes sociais, Rubio afirmou que seu compromisso será remarcação futura com o Reino Unido. Por sua vez, Lammy enfatizou a importância contínua das negociações para a segurança da Ucrânia e da região euro-atlântica.
Apesar da redução no nível das discussões, encontros individuais permanecem agendados, incluindo uma reunião entre o ministro da Defesa britânico, John Healey, e seu colega ucraniano. Esses eventos continuam sendo cruciais para garantir que o apoio internacional à Ucrânia seja mantido enquanto as tensões regionais persistem.