Um terremoto devastador com magnitude 7.7 atingiu o centro de Mianmar, causando destruição significativa e preocupações sobre possíveis réplicas. O epicentro foi localizado próximo à cidade de Sagaing, gerando tremores fortes sentidos até na China sudoeste e Tailândia. Este evento natural resultou na desaparição de pelo menos 81 trabalhadores da construção civil após o colapso de um edifício inacabado em Bangcoc, além de danos maciços relatados em Mandalay, a segunda maior cidade do país.
O terremoto ocorreu em uma região densamente povoada, incluindo Mandalay, que abriga cerca de 1,5 milhão de habitantes. A capital Naypyidaw também sofreu estragos em estradas, enquanto o governo militar declarou estado de emergência em seis áreas afetadas. Doze minutos após o primeiro tremor, um segundo terremoto, desta vez com magnitude 6.4, sacudiu a região sul de Sagaing, exacerbando ainda mais os temores da população.
Residentes em Yangon, a maior cidade de Mianmar, relataram longos períodos de tremores, aumentando a apreensão quanto a futuras réplicas. Em Bangcoc, onde edifícios não são projetados para resistir a terremotos, as consequências podem ser devastadoras, como mencionado por jornalistas locais. A situação política instável desde o golpe militar de 2021 complica ainda mais o acesso à informação, dado o controle rígido dos meios de comunicação no país.
A região agora enfrenta enormes desafios para lidar com os danos materiais e humanos, enquanto tenta minimizar o impacto das possíveis consequências adicionais. As autoridades estão avaliando cuidadosamente a extensão total da destruição e organizando esforços de resgate em meio às dificuldades impostas pela infraestrutura comprometida.
O incidente destaca a vulnerabilidade de áreas urbanas mal preparadas para eventos sísmicos, especialmente em países com limitações tecnológicas e políticas. Enquanto isso, a resposta internacional será crucial para ajudar na recuperação de uma população já fragilizada pelas condições locais e pela instabilidade política recente.