O rapper mineiro Djonga, conhecido por sua poesia envolvente e letras críticas, marca mais uma vez seu território no mundo da música com o lançamento de seu oitavo álbum. Intitulado “Quanto Mais eu Como, Mais Fome eu Sinto!”, a obra foi revelada em 13 de março, mantendo a tradição do artista de lançar seus trabalhos em datas simbólicas. O disco explora temas profundos como resiliência, ancestralidade, amor e vitória, ao mesmo tempo que aborda questões delicadas como dor, escassez e depressão. Este projeto reflete não apenas a jornada pessoal do artista, mas também as realidades sociais do Brasil.
No dia 13 de março, sob o signo de sua paixão pelo número 13, Gustavo Pereira Marques, conhecido artisticamente como Djonga, apresentou ao público um novo capítulo de sua carreira. Nascido no bairro São Lucas, em Belo Horizonte, Djonga cresceu ouvindo ritmos diversos, desde samba até funk, antes de descobrir o hip-hop na adolescência. Este estilo se tornou o meio perfeito para expressar suas experiências e reflexões sobre a vida em uma sociedade desigual.
“Quanto Mais eu Como, Mais Fome eu Sinto!” é composto por doze faixas que transitam entre emoções intensas e mensagens provocativas. A fome mencionada nas letras transcende o significado literal, representando tanto as dificuldades enfrentadas pelo jovem Gustavo quanto o desejo contínuo de evolução e transformação que impulsiona o artista consagrado hoje. Participações especiais enriquecem ainda mais o trabalho, incluindo nomes como RT Mallone, Dora Morelenbaum, Coyote Beatz, Rapaz do Dread, Samuel Rosa e Milton Nascimento, este último considerado um dos maiores ícones da música brasileira.
A escolha do número 13 para o lançamento não é casual; trata-se de uma homenagem à paixão do rapper pelo Atlético Mineiro, clube cuja camisa ostenta exatamente esse numeral. Além disso, todos os álbuns anteriores de Djonga foram lançados em datas associadas ao 13, reforçando essa conexão pessoal.
Entre seus trabalhos anteriores destacam-se produções como “Heresia” (2017), “O Menino Que Queria Ser Deus” (2018) e “Inocente” (2023), cada um delas explorando diferentes facetas da identidade musical e social do artista.
Composta por uma mistura de vulnerabilidade e força, a nova obra já está disponível nas principais plataformas digitais.
De um rapaz que cresceu ouvindo samba e funk nas ruas de Belo Horizonte surgiu um dos nomes mais influentes do rap nacional, capaz de traduzir em versos as complexidades da condição humana.
Desde sua estreia em 2017 com “Heresia”, Djonga construiu uma carreira marcada pela autenticidade e pela capacidade de tocar profundamente seu público.
A partir dessa base sólida, o novo álbum promete levar ainda mais longe o legado do artista.
Ao mergulhar nas raízes de sua história e expandir suas fronteiras criativas, Djonga oferece ao público uma experiência musical que desafia limites e amplifica vozes marginalizadas.
Este lançamento é mais do que um disco; é um convite para refletir sobre nossas próprias fomes e sede por mudanças.
Ao longo das doze faixas, Djonga cria um diálogo poderoso entre passado e presente, entre luta e conquista.
Seus versos ecoam como um grito coletivo, convidando-nos a buscar novas formas de entendimento e transformação.
A escolha de artistas colaboradores tão variados demonstra o alcance universal de sua mensagem, transcendendo barreiras e conectando pessoas através da arte.
Neste contexto, o número 13 ganha um novo significado: não apenas como símbolo de sorte ou paixão esportiva, mas como metáfora da constante busca por renovação e superação.
Cada álbum anterior de Djonga trouxe algo único à mesa, mas este parece ser especial por sua amplitude emocional e intelectual.
Das ruas de Belo Horizonte aos palcos internacionais, Djonga continua provando que o rap pode ser muito mais do que entretenimento; pode ser uma ferramenta de mudança social e cultural.
Esta obra não apenas solidifica seu lugar na história da música brasileira, mas também nos desafia a pensar criticamente sobre quem somos e onde queremos chegar.
Como ouvinte, fica difícil não se sentir tocado pelas histórias contadas neste álbum. Cada nota, cada palavra parece ter sido cuidadosamente escolhida para causar impacto.
Djonga nos lembra que, por mais que alcancemos, sempre haverá espaço para crescimento, para questionamento e para reinvenção.
Sua música serve como um espelho, refletindo tanto nossas fraquezas quanto nossas forças, e nos encoraja a seguir adiante, mesmo quando a estrada parece árdua.
Em tempos de incerteza, ouvir alguém cantar sobre superação e perseverança é mais do que inspirador; é essencial.