Em uma discussão recente, os artistas Lázaro e Alice destacaram o valor da manutenção dos sotaques nordestinos em seus papéis como Winston e Júlia na adaptação de "1984". A atriz falou sobre como essa escolha artística reflete uma postura política, promovendo inclusão e representação positiva. Além disso, mencionou figuras que a inspiraram ao longo do caminho, como Wagner Moura e Virgínia Cavendish. O ator complementou enfatizando a importância de normalizar as diferenças linguísticas presentes no Brasil.

A Importância de Valorizar Diversidade Linguística nas Artes

No contexto de uma coletiva realizada durante o lançamento de um projeto inovador da Audible, plataforma de audiobooks da Amazon, surgiu uma reflexão significativa sobre a diversidade linguística brasileira. Em uma conversa envolvendo Lázaro e Alice, ambos compartilharam suas perspectivas sobre como incorporar seus sotaques regionais nos personagens que interpretam pode ser uma ferramenta poderosa para promover identificação entre pessoas de diferentes regiões do país. No encontro, realizado em um ambiente vibrante de trocas culturais, Alice, originária de Natal, Rio Grande do Norte, expressou sua admiração por nomes icônicos da dramaturgia nacional, reconhecendo-os como influências fundamentais em sua carreira. Por outro lado, Lázaro adotou um tom descontraído ao abordar o tema, ressaltando que todos têm sotaque e que isso deve ser tratado com naturalidade. Mateus Solano e Milhem Cartaz também fazem parte desta produção audível, trazendo suas vozes para compor personagens essenciais da narrativa distópica.

A partir dessa experiência, fica evidente que projetos como este não apenas ampliam o acesso à cultura, mas também celebram a riqueza linguística do Brasil. Ao integrar aspectos regionais em produções artísticas, abre-se espaço para que cada indivíduo se veja refletido em histórias universais. Isso demonstra que a arte tem o poder de unir, educar e transformar mentalidades, incentivando-nos a valorizar nossas origens e diversidade.