No próximo sábado, St Peter’s Square será o palco de uma cerimônia fúnebre histórica em homenagem ao Papa Francisco, que liderou a Igreja Católica por 12 anos. Sua morte aos 88 anos de idade, ocorrida após um derrame e falência cardíaca, gerou comoção global. A celebração incluirá líderes mundiais, refugiados, prisioneiros e pessoas sem-teto, simbolizando a abordagem inclusiva do pontífice durante sua liderança.
Em uma atmosfera reverente, no sábado, milhares de devotos se reunirão na Praça de São Pedro para despedir-se de Francisco, cujo legado transformou significativamente a igreja católica. O falecido papa, conhecido por suas raízes simples e compromisso com os marginalizados, morreu recentemente em sua residência no Vaticano. Durante três dias, seu corpo esteve exposto na Basílica de São Pedro, onde multidões vieram prestar suas últimas homenagens. A missa fúnebre começará às 10 horas da manhã (horário local) sob a condução do cardeal italiano Giovanni Battista Re.
O evento atraiu delegações de mais de 130 países, além de aproximadamente 200.000 peregrinos, exigindo uma operação de segurança massiva envolvendo forças policiais italianas, o exército e a Guarda Suíça do Vaticano. Entre as personalidades presentes estarão o presidente argentino Javier Milei, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e figuras como Volodymyr Zelenskyy da Ucrânia e Emmanuel Macron da França.
Entre os convidados especiais estão representantes de organizações não governamentais dedicadas à proteção de refugiados e migrantes, grupos com os quais Francisco formou laços profundos. Mahamat Daoud, um ex-prisioneiro detido em centros de detenção na Líbia, expressou sua tristeza pela perda de um defensor tão crucial. Após a cerimônia, o caixão de madeira simples de Francisco será levado em procissão pelo centro de Roma até a Basílica de Santa Maria Maggiore, onde receberá uma despedida final com a presença de 40 indivíduos, incluindo prisioneiros e desabrigados.
Diferentemente de seus predecessores, Francisco será enterrado em um espaço discreto, sem adornos, respeitando suas instruções finais. Seu túmulo conterá apenas seu nome papal em latim: Franciscus. Os parentes próximos assistirão à cerimônia íntima de sepultamento.
Com o funeral encerrado, surgem especulações sobre quem sucederá Francisco. Um período oficial de nove dias de luto foi declarado, indicando que o conclave para eleger o novo papa só ocorrerá após 5 de maio.
Como jornalista cobrindo este evento, percebo que o funeral de Francisco transcende a religião, tornando-se um símbolo universal de unidade e compaixão. Ele reuniu pessoas de todos os espectros sociais e culturais, demonstrando que mesmo em meio a divisões globais, há lugar para solidariedade e esperança. Este momento nos lembra do poder transformador de uma liderança autêntica e humilde, capaz de tocar corações e inspirar mudanças positivas no mundo.