No último dia da semana, membros republicanos do Congresso norte-americano direcionaram severas críticas contra as principais redes de mídia pública do país, PBS e NPR. A sessão contundente refletiu um novo capítulo nas tensões entre a administração Trump e os meios de comunicação. Durante o evento intitulado "Ondas Antiamericanas", representantes acusaram essas instituições de apresentarem uma narrativa tendenciosa e promoverem conteúdos ideologicamente polarizados. Enquanto líderes das duas organizações negaram tais alegações, destacando seu papel crucial na disseminação de informações precisas e programas educacionais, legisladores democratas retrataram o encontro como mais uma tentativa de desviar a atenção de questões maiores.

A audiência foi liderada pela representante Marjorie Taylor Greene, que caracterizou as plataformas como "câmaras de eco extremistas de esquerda". Ela argumentou que tanto a PBS quanto a NPR estariam enviesadas em suas reportagens e promovendo conteúdo LGBTQ+ para crianças. Contudo, executivos dessas entidades reafirmaram sua missão de fornecer serviços informativos e pedagógicos de qualidade aos cidadãos americanos. O CEO da NPR reconheceu, no entanto, certas falhas prévias em comentários sobre o presidente Trump.

Os membros democratas do comitê expressaram escárnio em relação ao procedimento, sugerindo que era apenas uma oportunidade para republicanos ventilarem antigas insatisfações com a mídia. Eles buscaram redirecionar a discussão para revelações recentes envolvendo a administração Trump, incluindo a inclusão involuntária de um editor de renome em conversas confidenciais sobre operações militares.

O representante Stephen Lynch criticou duramente a abordagem adotada pelos colegas republicanos, sugerindo que preferiam atacar símbolos icônicos da cultura infantil, como o Big Bird, em vez de confrontar diretamente o presidente Trump. Ele mencionou que tal conduta seria motivo de vergonha em contextos menos politizados.

O evento organizado por uma nova subcomissão legislativa, focada em eficiência governamental, marca mais um passo em um ciclo de dois meses de críticas intensas à imprensa conduzidas por aliados próximos à administração Trump. Essas tensões continuam a definir o panorama midiático nos Estados Unidos, colocando em questão o papel das instituições jornalísticas em meio a pressões políticas crescentes.