Um dia após um ataque terrorista mortal contra turistas em Pahalgam, no estado indiano de Jammu e Caxemira, o ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif, negou qualquer envolvimento de Islamabad no incidente. Descrevendo a violência como "interna" e parte de uma ampla rebelião contra a Índia, Asif afirmou que o Paquistão não tem conexão com o atentado que matou 28 pessoas. Em sua declaração, ele acusou a Índia de reprimir minorias em várias regiões, sugerindo que os levantes são movimentos locais, não influenciados por interferências externas. Ao mesmo tempo, acusou Nova Délhi de instigar distúrbios no Baluchistão paquistanês.
A tensão aumentou ainda mais quando Asif criticou as práticas indianas contra seus próprios cidadãos, argumentando que a violência armada é resultado da repressão das forças de segurança indiana. Embora Nova Délhi mantenha sua posição de que o terrorismo transfronteiriço patrocinado pelo Paquistão está na raiz dos distúrbios, o governo indiano ainda não respondeu oficialmente às provocações de Asif.
O ministro paquistanês desafiou a narrativa tradicional ao afirmar que os ataques não têm origem estrangeira. Ele destacou que as insurgências em várias partes da Índia, desde Nagaland até Caxemira, refletem questões internas. Segundo Asif, esses levantes não devem ser vistos como consequência de interferências externas, mas sim como protestos legítimos por direitos fundamentais.
Asif argumentou que o aumento da tensão social na Índia é fruto da repressão sistemática de minorias religiosas e étnicas. Ele mencionou especificamente os cristãos, budistas e muçulmanos como alvos dessa política. De acordo com suas palavras, a violência armada surge como resposta à opressão estatal. Além disso, ele criticou duramente as ações do exército e da polícia indiana, afirmando que tais abusos transformam a culpa pela insurgência em um pretexto conveniente para culpar o Paquistão. Este ponto de vista busca mudar a percepção internacional sobre a natureza dos conflitos regionais.
Com o clima já tenso após o ataque, as palavras de Asif exacerbaram ainda mais as disputas entre Índia e Paquistão. Ele acusou Nova Délhi de interferir nos assuntos internos do Paquistão, particularmente no Baluchistão, onde distúrbios persistentes têm sido atribuídos a agentes estrangeiros.
O impacto dessas acusações pode ter consequências significativas para as relações bilaterais. Ao insistir que o Paquistão não apoia o terrorismo sob nenhuma circunstância, Asif tentou desvincular seu país de qualquer responsabilidade no atentado em Pahalgam. No entanto, ao mesmo tempo, ele lançou novas acusações contra a Índia, alegando que esta última utiliza a violência como justificativa para desviar a atenção de problemas internos. Essa estratégia poderia intensificar a polarização entre as duas nações, especialmente em um momento em que ambas já enfrentam altos níveis de tensão militar e diplomática. Sem resposta imediata de Nova Délhi, o cenário permanece volátil, com possibilidades de escaladas futuras.