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Atirador na Universidade da Flórida: História e Ideologias
2025-04-18

O atirador responsável por um incidente trágico na Universidade Estadual da Flórida, que deixou duas pessoas mortas e várias outras feridas, era o enteado de um oficial do xerife e apoiador de Trump. Oficiais e colegas revelaram que ele nutria visões supremacistas brancas e enfrentava problemas desde a infância. Phoenix Ikner, de 20 anos, estava sob tratamento para questões físicas e mentais quando criança e esteve no centro de uma batalha judicial de custódia prolongada. Ele teria usado uma arma pertencente à sua madrasta para causar caos no campus.

Não há evidências claras sobre a motivação do crime. Apesar de Ikner ser membro de um conselho juvenil do escritório do xerife local, isso não impediu seu acesso às armas. Testemunhas relataram como tudo ocorreu rapidamente e detalharam o comportamento do suspeito antes do tiroteio. O jovem tinha antecedentes políticos conservadores e era conhecido por promover ideologias extremistas em grupos universitários.

Batalhas Pessoais e Acesso às Armas

Phoenix Ikner enfrentou desafios significativos durante a infância, incluindo problemas de saúde física e mental. Esses desafios foram acompanhados por um longo conflito legal entre seus pais envolvendo questões de custódia. Sua mãe biológica foi acusada de remover o menor do estado contra uma ordem judicial, levando-o para a Noruega sem permissão. Este episódio exacerbou as preocupações de seu pai sobre o bem-estar do filho, particularmente em relação ao tratamento médico necessário nos Estados Unidos.

Ikner cresceu cercado por disputas legais e médicas complexas. Seu pai temia que condições como distúrbios hormonais e déficit de atenção não fossem adequadamente tratadas fora dos EUA. Após um acordo inicial para uma viagem de férias, sua mãe decidiu permanecer ilegalmente na Noruega com o filho, ampliando ainda mais as tensões familiares. Durante esse período, surgiram questionamentos sobre como essas circunstâncias afetaram o desenvolvimento emocional e psicológico de Ikner. A batalha judicial culminou com sua mãe sendo condenada a uma pena curta de prisão, seguida de controle comunitário e probation.

Ideologias Políticas e Extremismo

Além de suas dificuldades pessoais, Ikner demonstrou abertamente crenças políticas radicais. Como estudante universitário, ele frequentava grupos de discussão política onde promovia ideologias extremistas, incluindo supremacia branca. Colegas relataram que ele foi expulso de pelo menos um desses grupos devido a suas opiniões controversas. Essas crenças parecem ter se intensificado ao longo do tempo, influenciando possivelmente suas interações sociais e decisões futuras.

Sua trajetória política tornou-se mais evidente através de comentários feitos em sala de aula e participação em eventos públicos. Em um momento, ele expressou dúvidas sobre a legitimidade das eleições presidenciais de 2020 e criticou movimentos sociais progressistas. Algumas dessas declarações foram documentadas em artigos estudantis, posteriormente removidos após o incidente. Testemunhas afirmam que Ikner frequentemente fazia piadas sobre violência em massa e mostrava desprezo por minorias étnicas. Suas atividades em grupos políticos locais refletem um padrão consistente de pensamento extremista, sugerindo que talvez essas crenças tenham contribuído para seu comportamento catastrófico.

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