Um revés significativo para a oposição política na Coreia do Sul foi anunciado recentemente pela corte constitucional. Em uma decisão histórica, os juízes rejeitaram a destituição de Han Duck-soo, devolvendo-lhe o cargo de presidente interino após meses de instabilidade política no país. A liderança de Han havia sido questionada devido a disputas com o parlamento liderado pela oposição, que acusava o político de não ter agido adequadamente contra a declaração de lei marcial feita pelo ex-líder Yoon Suk Yeol.
O veredicto da corte dividiu opiniões entre os magistrados. Entre os oito juízes, cinco consideraram que, apesar de haver justificativa para um processo de impeachment, não existiam provas suficientes de violação da constituição ou das leis sul-coreanas por parte de Han. Dois outros juízes declararam que o próprio procedimento de impeachment era inválido, pois não alcançou o apoio necessário de dois terços dos legisladores. Este desfecho reflete as complexidades políticas e jurídicas envolvendo a aplicação da lei em momentos de crise nacional.
A decisão da corte constitucional marca um passo importante na busca por estabilidade política e institucional em um país profundamente polarizado. Han Duck-soo, com uma carreira de mais de três décadas atravessando administrações tanto conservadoras quanto liberais, é visto como uma figura rara capaz de transcender linhas partidárias. O caso também evidencia a importância da independência judicial em contextos de tensão política extrema, garantindo que decisões sejam baseadas em fundamentos legais sólidos e não em pressões externas. Essa vitória para Han pode servir como um exemplo de resiliência institucional frente aos desafios contemporâneos.