O mercado acionário norte-americano enfrentou uma queda significativa na última segunda-feira, eliminando um valor de mercado equivalente a 1,4 trilhões de dólares. Este declínio alarmante levou Tom Lee, principal analista da Fundstrat Global Advisors, a comparar as perdas do mercado com o déficit comercial anual dos Estados Unidos. Em uma postagem pública, Lee ressaltou que o déficit comercial de bens para 2024 foi estimado em cerca de 1,2 trilhões de dólares, sugerindo ao governo federal que acelere os acordos comerciais para estabilizar a economia.

A instabilidade abalou os principais índices financeiros. O S&P 500 caiu para 5.158,20 pontos, representando uma redução de 2,36%, enquanto o Dow Jones Industrial Average sofreu uma queda ainda maior de 2,48%. O índice Nasdaq-100 também registrou uma perda substancial de 2,46%. No entanto, alguns setores demonstraram certa resistência, como empresas de serviços financeiros, com Fidelity National Information Services e Discover Financial Services apresentando ganhos modestos. Por outro lado, companhias ligadas à saúde e energia registraram as maiores quedas, destacando Universal Health Services e Vistra Corp.

O cenário econômico turbulento ocorreu após crescentes preocupações sobre a independência do Federal Reserve. O presidente Donald Trump criticou publicamente o banco central, exigindo cortes imediatos nas taxas de juros e questionando a liderança de Jerome Powell. Essa pressão política coincidiu com uma desvalorização considerável do dólar americano, atingindo seu ponto mais baixo desde o início de 2022. Investidores buscaram refúgio em ativos alternativos, como ouro e Bitcoin, que experimentaram aumentos de 2,81% e 2,42%, respectivamente. Essa movimentação ilustra a importância de medidas proativas para garantir estabilidade econômica e proteger o poder aquisitivo das famílias.