No estado de Nova Hampshire, uma professora chamada Anita Taylor decidiu contribuir financeiramente para Harvard após o congelamento de financiamentos federais por parte da administração Trump. Embora Taylor não tenha estudos em Harvard nem costume fazer doações caritativas, ela optou por enviar um cheque significativo ao valor de 1500 dólares, expressando apoio à posição da universidade. Esta atitude reflete uma tendência maior, com várias pessoas, incluindo ex-alunos, demonstrando solidariedade financeira à instituição. Enquanto isso, Harvard enfrenta desafios econômicos e busca fortalecer sua conexão com os doadores.
A decisão de Harvard de resistir às exigências do governo federal gerou uma onda de simpatia pública, que se manifestou em forma de pequenas doações. Suzanne Hilser-Wiles, especialista em captação de recursos, destaca a importância desses gestos simbólicos na construção de uma comunidade engajada. Ex-alunos como Linda Haverty Rugg e Roberto Diaz também relataram sentimentos renovados de conexão com a universidade, motivados pela ideia de sustentar valores educacionais amplos.
O aumento das doações públicas ocorre em meio a dificuldades financeiras crescentes para Harvard. Desde o início de 2024, a universidade tem enfrentado quedas nas contribuições principais, incluindo a pausa anunciada pelo gestor de hedge funds Ken Griffin. Apesar disso, representantes de Harvard têm mantido conversas estratégicas com grandes investidores, buscando garantir suporte contínuo. A situação levantou questões sobre como as instituições acadêmicas podem equilibrar independência e responsabilidade social.
Muitos doadores novos ou recorrentes mencionaram que seu apoio é impulsionado pela percepção de que Harvard está defendendo princípios essenciais da educação superior. Para Della Heiman, empresária judaica baseada em Miami, a pressão financeira imposta pela administração Trump parece ser mais uma questão de poder do que preocupação genuína com minorias. Ela enfatiza a necessidade de fomentar diálogos inclusivos em todos os níveis educacionais.
Profissionais no setor de filantropia, como Laura McGarry, observam que este momento oferece oportunidades para reforçar laços com comunidades amplas. As estratégias devem centrar-se em destacar missões claras e envolver tanto grandes quanto pequenos doadores. Este movimento pode moldar o futuro das instituições de ensino superior, promovendo resiliência frente a desafios externos.