Uma investigação conduzida pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) revelou que um "mal-entendido operacional" foi responsável pela morte de 14 trabalhadores de emergência em Gaza no mês passado. O incidente envolveu o ataque a uma caravana contendo ambulâncias da Sociedade Crescente Vermelho Palestino, um veículo das Nações Unidas e um caminhão de bombeiros. Além disso, um funcionário da ONU foi morto logo após o evento, descrito como violação de ordens durante combate. Como resultado, o comandante adjunto do grupo militar envolvido foi destituído por fornecer informações incompletas e imprecisas.

No dia 23 de março, veículos de resgate aproximaram-se rapidamente de uma área considerada perigosa pelas forças israelenses. Acreditando estar sob ameaça, os soldados abriram fogo contra as viaturas. As FDI afirmam que seis das vítimas tinham ligações ao Hamas, embora não tenham apresentado evidências concretas para corroborar essa afirmação. Durante o confronto, condições adversas como visibilidade reduzida à noite dificultaram a identificação correta dos veículos como sendo ambulâncias.

Inicialmente, Israel justificou o ataque alegando que o comboio se aproximou de forma suspeita sem iluminação adequada ou sinais de alerta, sem coordenar previamente seu movimento com o exército. No entanto, vídeos encontrados posteriormente no telefone celular de um paramédico mostraram que os veículos estavam com suas luzes e sinais de emergência ligados. Esses registros, que duram mais de cinco minutos, capturam o momento em que o paramédico reza antes de escutar vozes de soldados israelenses se aproximando dos veículos.

O relatório final das FDI reconheceu erros significativos no manejo da situação. Embora tenha ocorrido em uma zona de combate hostil, ficou claro que decisões equivocadas foram tomadas devido à pressão e às circunstâncias desafiadoras. Este incidente trágico levanta questões sobre a eficácia das comunicações militares e a necessidade de protocolos mais claros para proteger civis e profissionais de emergência em áreas de conflito.