Pelo menos 15 pessoas ainda estão vivas, mas presas sob os escombros de um arranha-céu em Bangcoc que desabou após um terremoto de magnitude 7,7 atingir Mianmar e Tailândia. O sismo ocorreu na sexta-feira à tarde, deixando centenas mortos perto do epicentro, em Mandalay, Mianmar. Embora a capital tailandesa tenha escapado com pouco dano estrutural, o prédio inacabado da auditoria-geral tornou-se o ponto focal da tragédia no país.

O Momento Crítico: Detalhes do Resgate e dos Efeitos do Terremoto

No coração de Bangcoc, próximo ao movimentado mercado de Chatuchak, o que antes era uma torre de vidro azul reluzente agora se transformou em uma montanha de ferro retorcido e concreto partido. A queda abrupta do edifício de 30 andares, que muitos descrevem como "colapsando como uma panqueca", complicou os esforços de resgate. Cerca de 400 trabalhadores estavam presentes no local no momento do desastre; pelo menos 96 continuam desaparecidos, com oito confirmações de morte até agora.

Os socorristas, equipados com drones, cães farejadores e guindastes, trabalham incansavelmente desde a noite de sexta-feira. Detectaram sinais de vida de pelo menos 15 pessoas, situadas entre 5 e 10 metros abaixo dos destroços. Contudo, o uso de máquinas pesadas está restrito para evitar mais colapsos. As autoridades conseguiram comunicar-se com alguns sobreviventes que gritaram ou se moveram, oferecendo uma tênue esperança.

Em Mianmar, as consequências foram devastadoras. Mais de mil vidas foram perdidas, principalmente na região de Saigaing e Mandalay, onde prédios e templos ruíram. Enquanto isso, em Bangcoc, milhares sentiram o tremor intenso, com edifícios balançando e piscinas transbordando. Apesar disso, a cidade permaneceu relativamente intacta, exceto pelo desabamento do edifício principal.

O vice-primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnweerakul, garantiu que os esforços de busca prosseguiriam dia e noite até que todos fossem encontrados. Familiares dos desaparecidos aguardam ansiosamente notícias em tendas improvisadas no calor sufocante, expressando tanto desespero quanto fé.

As investigações sobre a causa do colapso estão em andamento, com especialistas tentando entender por que este edifício específico sucumbiu enquanto outros resistiram.

A Lição de Humanidade em Meio à Tragédia

Este desastre natural nos lembra da fragilidade das construções humanas frente às forças da natureza, mas também da resiliência humana em momentos de crise. A resposta rápida das equipes de resgate, a solidariedade demonstrada pelas famílias reunidas nas tendas e a determinação das autoridades refletem o espírito coletivo de não abandonar ninguém. Além disso, o incidente reforça a necessidade urgente de revisar normas de construção em áreas suscetíveis a terremotos, garantindo maior segurança para futuros eventos.