Doze estados dos EUA moveram uma ação contra a administração Trump no Tribunal de Comércio Internacional dos EUA, alegando que as políticas tarifárias impostas são ilegais e causaram desordem na economia americana. O argumento principal da queixa é que o presidente ultrapassou seus limites legais ao impor tarifas com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA). Os estados buscam declarar essas tarifas como ilegais e impedir agências governamentais de aplicá-las.
No coração de Manhattan, em um tribunal internacional especializado, um grupo de estados liderado por Oregon, Arizona, Colorado e outros questiona decisões econômicas consideradas arbitrárias. Em um dia ensolarado de primavera, representantes desses estados apresentaram sua argumentação jurídica, destacando que somente o Congresso tem poder para estabelecer tarifas comerciais. Eles afirmam que o uso indiscriminado da IEEPA sem uma emergência real viola os princípios constitucionais.
O caso menciona exemplos concretos de impacto econômico negativo nas comunidades locais, especialmente em setores dependentes de importações regulares. As palavras de autoridades estaduais ecoam indignação: Kris Mayes, procuradora-geral do Arizona, referiu-se às práticas tarifárias como "insanas". William Tong, de Connecticut, enfatizou que tais medidas equivalem a um aumento massivo de impostos indiretos sobre famílias e empresas.
A resposta oficial do governo federal ainda não foi fornecida formalmente, mas Kush Desi, porta-voz da Casa Branca, defendeu a necessidade de proteger interesses nacionais através de mecanismos como tarifas.
De forma paralela, na semana anterior, o governador Gavin Newsom, da Califórnia, também entrou com uma ação judicial no Distrito Norte da Califórnia, citando prejuízos potenciais bilionários para seu estado, conhecido como o maior importador nacional.
Os advogados dos estados argumentam que as tarifas atuais não correspondem a uma ameaça externa justificável sob a legislação vigente.
Esse litígio coloca em evidência uma importante questão constitucional: até onde pode ir o poder presidencial em questões econômicas globais? Como jornalista, percebo que este caso transcende fronteiras financeiras e entra no terreno delicado do equilíbrio de poderes entre os ramos do governo. Independentemente do resultado final, ele ilustra como decisões econômicas podem impactar profundamente a vida cotidiana de milhões de cidadãos e moldar o futuro das relações comerciais internacionais.