O presidente dos Estados Unidos emitiu uma ordem executiva visando reformar o sistema de acreditação educacional no país. O objetivo principal é garantir que as instituições de ensino superior ofereçam programas acadêmicos de alta qualidade, sem práticas discriminatórias e a preços acessíveis. Atualmente, os acreditadores são responsáveis por decidir quais universidades podem receber mais de 100 bilhões de dólares em empréstimos estudantis e bolsas do governo federal. No entanto, há preocupações de que esses acreditadores tenham falhado em avaliar adequadamente a qualidade das instituições e, ao contrário, estejam promovendo ideologias controversas.
A ordem aponta para um problema significativo: muitas instituições acreditadas apresentam taxas alarmantes de formatura e oferecem cursos com retorno financeiro negativo para os alunos. Além disso, alguns acreditadores impõem requisitos relacionados à "diversidade, equidade e inclusão" (DEI) como condição para acesso a fundos federais, o que pode violar leis antidiscriminação. Em resposta, o governo ordena que o Secretário de Educação responsabilize esses acreditadores por suas práticas ilegais, incluindo a suspensão ou revogação de seu reconhecimento federal.
Um exemplo mencionado na ordem é o Conselho da Seção de Educação Jurídica e Admissão à Advocacia da Associação Americana de Advogados, que exige que as escolas de direito demonstrem compromisso com a diversidade racial e de gênero. Outro caso é o Comitê de Ligação para Educação Médica, que obriga as faculdades de medicina a priorizarem a diversidade em suas práticas de recrutamento e retenção.
Para combater essas práticas, a nova política propõe novos princípios orientados para os estudantes. Entre eles estão a exigência de que as instituições forneçam programas acadêmicos de alta qualidade, livres de discriminação, e a redução de barreiras que limitam inovações educacionais. Além disso, incentiva-se a diversidade intelectual entre os professores e proíbe-se práticas que aumentem desnecessariamente os custos dos diplomas.
A implementação dessas mudanças será conduzida pelo Secretário de Educação, que terá a tarefa de reconhecer novos acreditadores, aumentar a competição e melhorar a transparência do processo de revisão de reconhecimento. Essas medidas buscam garantir que o sistema de acreditação se alinhe aos interesses dos estudantes e contribuintes americanos.
Através dessa iniciativa, espera-se que as instituições de ensino superior passem a focar mais no valor real de seus programas educacionais do que em cumprir requisitos ideológicos questionáveis. Ao mesmo tempo, pretende-se proteger os direitos dos alunos e evitar que eles assumam dívidas excessivas por diplomas com baixo potencial de retorno financeiro. A reforma visa garantir que o dinheiro público seja investido de forma eficiente e justa, beneficiando tanto os estudantes quanto os contribuintes.