O governo dos Estados Unidos prepara-se para retomar a cobrança de empréstimos estudantis que estão em mora, incluindo o desconto salarial para milhões de tomadores. Desde março de 2020, nenhuma dívida federal de estudantes foi enviada para cobrança forçada, devido à pandemia de COVID-19. O anúncio marca o fim de um período de flexibilidade iniciado sob a administração Trump e mantido por Biden. Apesar das tentativas do presidente Biden de perdoar grandes quantias desses empréstimos, decisões judiciais impediram tal medida. Agora, a partir de maio, o Tesouro usará programas de compensação para recuperar essas dívidas.
A decisão gerou críticas de defensores dos direitos dos estudantes, que argumentam que essa abordagem aumentará a instabilidade econômica familiar. Milhões de americanos já enfrentam dificuldades financeiras, com aproximadamente 5,3 milhões de tomadores em situação de inadimplência. Para evitar o desconto salarial, os devedores podem entrar em programas de reabilitação de empréstimos, mas isso só pode ser feito uma vez. Embora Biden tenha cancelado dívidas para mais de 5 milhões de pessoas, muitos ainda lutam para cumprir seus compromissos financeiros.
O governo americano está reintroduzindo métodos agressivos para recuperar empréstimos estudantis em atraso. A partir de maio, o Departamento de Educação utilizará mecanismos como compensações fiscais e até mesmo descontos salariais para recuperar valores devidos. Este movimento encerra um hiato de flexibilidade implementado durante a pandemia global. Durante este período, milhões de estudantes tiveram alívio temporário nas obrigações financeiras associadas aos estudos.
Desde o início da pandemia, nenhum empréstimo federal foi enviado para cobrança. Sob o governo Biden, várias tentativas foram feitas para perdoar grandes volumes de dívidas, mas estas foram bloqueadas judicialmente. Agora, a administração adotou uma postura mais rígida, justificando que os contribuintes não devem continuar arcando com políticas irresponsáveis relacionadas a empréstimos estudantis. Com a introdução de novas medidas, espera-se que os pagamentos pendentes sejam regularizados, embora isso possa impactar negativamente a vida financeira de famílias vulneráveis.
Para aqueles que buscam evitar consequências drásticas como o desconto salarial, existem opções disponíveis. Um caminho é participar de programas de reabilitação de empréstimos estudantis. Esses programas requerem que os tomadores demonstrem sua capacidade de pagamento ajustada às suas condições financeiras atuais. Uma vez que nove meses consecutivos de pagamentos regulares são cumpridos, o status de inadimplência é removido.
Betsy Mayotte, especialista em empréstimos estudantis, enfatiza que esses programas oferecem uma oportunidade única para restaurar a saúde financeira dos devedores. No entanto, a reabilitação só pode ser realizada uma vez, tornando-a uma escolha estratégica. Além disso, apesar dos esforços do presidente Biden em cancelar dívidas para milhões de americanos, muitos continuam em dificuldade. Mesmo com o perdão de mais de US$ 183 bilhões em empréstimos, o futuro da gestão de dívidas estudantis permanece incerto. O governo promete tomar medidas responsáveis, ajudando os devedores a retornarem ao pagamento, beneficiando tanto o indivíduo quanto a economia nacional.