O presidente Donald Trump implementou, na última quinta-feira, uma ordem executiva que direciona o vice-presidente JD Vance a retirar qualquer "ideologia centrada em raça divisiva" dos museus do Smithsonian, centros educacionais e de pesquisa, além do Zoológico Nacional. Intitulada "Restaurando Verdade e Sanidade à História Americana", esta medida busca redefinir os valores transmitidos por essas instituições, afastando-se de narrativas que caracterizam os valores americanos e ocidentais como intrinsecamente prejudiciais ou opressivos. A ordem visa assegurar que os museus da capital sejam locais de aprendizado genuíno, longe de doutrinação ideológica.
Segundo a nova política, o vice-presidente JD Vance deverá colaborar com Vince Haley e Lindsey Halligan para trabalhar junto ao Congresso, garantindo que o Smithsonian não receba verbas para exposições e programas que desvalorizem os valores americanos compartilhados, dividam americanos com base na raça ou promovam práticas inconsistentes com leis e políticas federais. Além disso, o texto solicita que futuros financiamentos destinados ao Museu de História das Mulheres celebrem especificamente as conquistas femininas sem reconhecer homens como mulheres.
A ordem também exige a nomeação de membros cidadãos para o Conselho de Regentes do Smithsonian comprometidos em avançar na agenda estabelecida pela presidência. Este movimento reflete uma série de decisões tomadas desde janeiro deste ano, visando reverter esforços anteriores de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) promovidos por agências federais, incluindo o Programa Challenge America da National Endowment for the Arts.
O governo culpa a administração Biden por promover uma "ideologia corrosiva" que teria distorcido a verdade histórica. De acordo com a ordem, nos últimos dez anos, houve uma tentativa ampla de reescrever a história nacional, substituindo fatos objetivos por narrativas ideológicas. A visão tradicional do legado incomparável da liberdade, direitos individuais e felicidade humana foi retrabalhada como racista, sexista, opressiva ou irredutivelmente falha.
Ainda mais, a ordem inclui cláusulas para restaurar monumentos públicos, memoriais e estátuas que foram removidos ou alterados para perpetuar uma falsa reconstrução da história americana, minimizando indevidamente certos eventos ou figuras históricas. Adicionalmente, há um plano para melhorar a infraestrutura do Parque Histórico Nacional da Independência até o 250º aniversário da assinatura da Declaração de Independência, em 2026.
Com essa decisão, o governo busca moldar um futuro onde as instituições culturais e históricas reflitam uma perspectiva alinhada aos princípios fundamentais defendidos pela atual administração, eliminando influências consideradas divisivas ou distorcidas. Esta transformação representa um marco significativo nas políticas culturais e educacionais do país.