Com uma série de medidas executivas e discursos inflamados nas redes sociais, Donald Trump intensifica sua campanha contra juízes, escritórios de advocacia, promotores, a imprensa e outras instituições-chave dos Estados Unidos. Seus ataques visam silenciar críticos e minar o Estado de Direito, ampliando seus próprios poderes de forma autoritária. Especialistas em direito alertam que essas ações representam uma ameaça sem precedentes à democracia americana.
Trump tem lançado ofensivas diretas contra magistrados que decidiram contra suas ordens executivas, incluindo chamados por impeachment de juízes adversários. Essas ações têm gerado reações firmes de figuras jurídicas destacadas, como o presidente da Suprema Corte, John Roberts.
O presidente republicano tem utilizado seu cargo para deslegitimar os tribunais e seus membros, especialmente quando suas decisões contrariam interesses de sua administração. Um exemplo emblemático ocorreu quando Trump criticou publicamente um importante juiz de Washington DC após decisão que suspendeu deportações em massa de venezuelanos. Sua retórica agressiva levou o próprio chefe-justiça a emitir comunicado oficial repudiando tentativas de interferência política no judiciário. Além disso, especialistas apontam que as demissões ou punições a procuradores envolvidos em processos contra aliados de Trump configuram mais um aspecto preocupante dessa guerra contra o sistema legal.
Paralelamente às investidas contra o judiciário, Trump também tem imposto sanções severas a renomados escritórios de advocacia e aumentado seu discurso hostil contra veículos de comunicação tradicionais.
As medidas punitivas adotadas pelo governo Trump contra grandes empresas de advocacia refletem sua determinação em retaliar profissionais jurídicos cujos clientes investigaram atividades suspeitas ligadas à campanha presidencial de 2020. Restrições como proibição de acesso a edifícios federais e retirada de credenciais de segurança foram aplicadas sistematicamente, causando impacto financeiro significativo nesses escritórios. Simultaneamente, o discurso anti-mídia do presidente se tornou ainda mais agressivo, acusando arbitrariamente redes de televisão e jornais de corrupção e ilegalidade, sem apresentar provas concretas. Para analistas, esta estratégia dual visa criar um ambiente de medo e submissão entre advogados e jornalistas, comprometendo princípios fundamentais da liberdade de expressão e do equilíbrio de poderes nos EUA.