O presidente Donald Trump assinou, na última quarta-feira, uma ordem executiva que direciona seu foco para os organismos de acreditação universitária. Esses entidades, responsáveis por avaliar a qualidade educacional e a saúde financeira das instituições de ensino superior, desempenham um papel crucial no panorama acadêmico dos Estados Unidos. A medida faz parte de um pacote de sete ações relacionadas à educação, todas alinhadas ao objetivo do governo Trump de alterar o viés ideológico predominante nas universidades americanas, que ele percebe como hostil aos conservadores.

A importância dessas organizações de acreditação é inegável, pois elas garantem o acesso de universidades a bilhões de dólares em auxílio federal destinado à educação. No entanto, o presidente tem criticado essas empresas por promoverem políticas de diversidade, equidade e inclusão que seu governo busca suprimir. Durante sua última campanha presidencial, Trump não mencionava frequentemente tais entidades, mas quando o fazia, lançava ataques contundentes. Em um vídeo político divulgado em 2023, ele prometeu enfrentar "acreditadores da extrema-esquerda" que, segundo ele, permitiram que as universidades fossem dominadas por ideologias marxistas.

A nova ordem facilitará a troca de acreditadores pelas instituições de ensino e abrirá espaço para novos organismos obterem aprovação federal, conforme detalhes fornecidos pela Casa Branca. Especialistas como Bob Shireman, da Century Foundation, alertam que essa decisão pode comprometer a independência acadêmica, um fator fundamental para o prestígio internacional das universidades norte-americanas. Ao invés de enfraquecer a qualidade educativa, seria mais construtivo buscar maneiras de fortalecer tanto a autonomia quanto a excelência das instituições de ensino superior, promovendo assim um ambiente de aprendizado verdadeiramente inclusivo e abrangente.