O governo Trump está propondo uma ampla reorganização no Departamento de Estado, com mudanças que incluem a extinção de um escritório dedicado a crimes de guerra e o redirecionamento das equipes que tratam de questões migratórias e refugiados. A ideia central por trás da reforma é eliminar setores considerados desalinhados com os interesses nacionais estratégicos dos Estados Unidos. Entre as propostas em destaque está a eliminação do Escritório de Justiça Criminal Global, órgão responsável por ajudar na formulação de políticas sobre como o país responde a genocídios e crimes de guerra.

A mudança proposta envolve a redução de aproximadamente 130 dos 732 escritórios domésticos e a supressão de 700 postos de trabalho, parte de uma grande reestruturação apresentada pelo Secretário de Estado Marco Rubio. Ele argumenta que o tamanho e o custo do Departamento de Estado cresceram excessivamente nos últimos 15 anos. Apesar de algumas notícias sugerirem cortes mais drásticos, como o impacto direto nas embaixadas americanas no exterior, muitas funções dos escritórios eliminados serão redistribuídas para outros departamentos mantidos. No entanto, as alterações ainda ecoam o discurso da Casa Branca contra burocratas que, segundo eles, impedem sua agenda conservadora.

Embora críticos afirmem que essas mudanças enfraquecem a capacidade dos EUA de lidar eficazmente com questões humanitárias globais, defensores da reforma acreditam que ela fortalecerá a eficiência governamental ao alinhar recursos com prioridades nacionais mais amplas. Nesse contexto, a senadora Jeanne Shaheen expressou preocupação com a falta de transparência no processo e prometeu analisar cuidadosamente as propostas de reforma. Independentemente das opiniões divergentes, o debate evidencia a necessidade de buscar soluções equilibradas que protejam tanto os interesses nacionais quanto os valores humanitários fundamentais.