O governo de Donald Trump revelou uma proposta ousada para reorganizar profundamente o Departamento de Estado dos Estados Unidos. O secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou que esta reforma faz parte da agenda “América Primeiro” do governo federal. A ideia central é reduzir a burocracia excessiva que impede a inovação e o uso eficiente de recursos escassos. Com isso, pretende-se adaptar o departamento às exigências complexas do século XXI.
A reestruturação envolve a consolidação de 734 unidades em 602, além da transferência de até 137 escritórios para locais mais estratégicos dentro do órgão. Além disso, há planos para reduzir em 15% o número de funcionários nos Estados Unidos. Outra mudança significativa inclui a criação de um novo escritório responsável por questões de assistência externa e assuntos humanitários, substituindo divisões existentes relacionadas à democracia e direitos humanos.
O plano apresentado pelo Departamento de Estado visa otimizar sua estrutura organizacional, consolidando bureaus e realocando escritórios. Esses ajustes buscam eliminar redundâncias e aumentar a eficiência operacional. Ao todo, serão fusionados 734 setores em 602 novas unidades administrativas, enquanto 137 escritórios serão transferidos para áreas onde possam desempenhar papéis mais estratégicos.
A consolidação das estruturas internas busca garantir que o Departamento de Estado funcione de maneira mais ágil e adaptável às necessidades globais atuais. Este processo inclui não apenas a fusão de departamentos menores, mas também a redistribuição de responsabilidades entre as diferentes divisões. A intenção é melhorar a coordenação entre equipes e eliminar barreiras que dificultam a comunicação interna. Por exemplo, a eliminação de certos escritórios, como aqueles dedicados a operações de conflito e documentação de crimes de guerra, demonstra a priorização de áreas consideradas mais relevantes sob o novo enfoque estratégico.
Outra grande mudança proposta é a criação de um novo escritório voltado para supervisão de questões de assistência externa e assuntos humanitários. Esta nova unidade irá absorver funções previamente realizadas por outros departamentos, ampliando seu escopo para abranger temas como democracia, direitos humanos e liberdade religiosa. Tal alteração reflete uma abordagem integrada e mais coordenada para lidar com desafios globais.
A reestruturação também impactará diretamente as políticas relacionadas à segurança civil e aos direitos humanos. Atualmente supervisionados por um subsecretário de Estado, essas áreas serão agora gerenciadas por um escritório de coordenação mais amplo, cuja missão será promover uma abordagem holística para questões internacionais. Isso representa uma mudança significativa na forma como o Departamento de Estado aborda tópicos sensíveis como violações de direitos humanos e crises humanitárias globais. Além disso, a redução no número de funcionários nos EUA demonstra a intenção de concentrar esforços nas atividades-chave que realmente impactam os interesses nacionais americanos.