O líder republicano na Câmara, Mike Johnson, sugeriu recentemente a possibilidade de reestruturar ou até mesmo eliminar tribunais federais dos EUA como resposta às decisões judiciais que desafiam as políticas de Donald Trump. Embora Johnson tenha afirmado mais tarde que suas palavras eram apenas um exemplo do poder constitucional do Congresso e não uma ameaça direta, isso reflete o crescente descontentamento entre aliados de Trump com a independência judicial. O foco está em juízes federais que bloquearam ações da administração Trump, especialmente em questões de imigração.
No contexto de um outono politicamente turbulento, o ex-advogado constitucional Mike Johnson mencionou ao público que o Congresso tem autoridade sobre os tribunais federais, incluindo a capacidade de extinguir certos distritos judiciários. Um ponto de tensão é o juiz federal James Boasberg, que proibiu a deportação de imigrantes venezuelanos, levando Trump e outros republicanos a pedirem seu impeachment. No entanto, esses esforços enfrentam resistência dentro do próprio partido e no Senado, onde seria quase impossível reunir votos suficientes para aprovar mudanças drásticas.
A alternativa proposta por Darrell Issa visa limitar o poder dos juízes de emitir ordens nacionais, algo visto por Johnson como uma melhoria significativa no sistema judiciário. Apesar disso, alguns republicanos, como Josh Hawley, preferem nomear mais juízes conservadores ao invés de reduzir recursos ou estruturas judiciais existentes.
Embora o artigo III da Constituição permita ao Congresso estabelecer cortes inferiores e ajustar seus orçamentos, muitos analistas duvidam que tais medidas sejam viáveis devido à complexidade política envolvida.
Do ponto de vista de um jornalista, esta discussão ilustra a delicada relação entre os três poderes nos Estados Unidos. Enquanto alguns argumentam que a independência judicial deve ser preservada para proteger o equilíbrio constitucional, outros veem necessidade de reformas para evitar abusos de poder. Este debate ressalta a importância de manter um diálogo construtivo entre os ramos governamentais, evitando soluções extremas que possam comprometer a eficácia do sistema legal.