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Resposta dos EUA ao Terremoto na Ásia Sudeste: Desafios e Limitações
2025-03-28

O presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos irão auxiliar no combate às consequências do devastador terremoto ocorrido na Ásia Sudeste. Este desastre natural, que deixou pelo menos 150 mortos em Mianmar e Tailândia, testará as capacidades reduzidas da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e do Departamento de Estado sob a administração Trump. Apesar das promessas de ajuda, especialistas alertam que os cortes profundos nas assistências estrangeiras podem comprometer significativamente a eficácia da resposta norte-americana.

O impacto do terremoto de magnitude 7,7 foi imediato e dramático, com prédios em construção desabando e milhares de pessoas sendo evacuadas de hospitais por questões de segurança. Sarah Charles, ex-oficial sênior da USAID durante a administração Biden, afirmou que o sistema humanitário está agora "em frangalhos", carecendo de pessoal e recursos necessários para agir rapidamente.

Embora o porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, tenha declarado que as equipes de especialistas em desastres mantêm a capacidade de responder adequadamente, incluindo a distribuição de alimentos e água potável, recentes decisões administrativas lançam dúvidas sobre essa afirmação. Na última sexta-feira, o secretário de Estado Marco Rubio e Jeremy Lewin, associado de Elon Musk agora em posição elevada na USAID, anunciaram a demissão de grande parte dos funcionários remanescentes da agência, transferindo seus programas restantes para o Departamento de Estado.

A administração Trump tem implementado severos cortes na assistência externa desde o início de seu mandato, resultando em demissões em massa, rescisões abruptas de contratos e uma crise global no setor de ajuda e desenvolvimento. A resposta à emergência sírio-turca de 2023 demonstrou a importância das equipes apoiadas pela USAID, especializadas em resgate urbano. Contudo, mesmo essas operações estão ameaçadas, pois contratos cruciais para transporte de equipamentos pesados e cães de busca foram eliminados.

As reduções drásticas de pessoal na USAID também prejudicaram a coordenação com aliados internacionais, dificultando esforços conjuntos de resgate e resposta. Outros cortes nos contratos de assistência externa afetaram serviços de emergência em parceria com as Nações Unidas e outras organizações globais.

Com o anúncio de ajuda feito por Trump, surge a questão sobre como a administração planeja superar suas limitações atuais para oferecer um suporte efetivo. O futuro da cooperação internacional norte-americana dependerá da capacidade de enfrentar esses desafios, garantindo recursos adequados e uma força de trabalho competente para lidar com crises globais.

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