O governo Trump anunciou na última sexta-feira um plano detalhado para integrar completamente a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), principal entidade governamental responsável pela distribuição de ajuda externa, ao Departamento de Estado. O número de funcionários será drasticamente reduzido para cerca de 15 posições. Esta decisão ocorreu apesar das objeções de legisladores e funcionários que argumentaram ser ilegal tal redução. A USAID empregava aproximadamente 10 mil pessoas antes do início das revisões e cancelamentos de contratos de ajuda estrangeira pelo governo Trump. Até 2 de setembro, grande parte das operações da agência serão transferidas para o Departamento de Estado ou encerradas.
A administração justificou os cortes como parte de uma estratégia de utilizar a assistência internacional como ferramenta para promover prioridades diplomáticas norte-americanas. Recentemente, destinatários de fundos da USAID foram questionados sobre como seus programas contribuem para limitar a imigração ilegal ou garantir minerais raros importantes para os interesses americanos. O secretário de Estado Marco Rubio elogiou as mudanças, afirmando que os programas de assistência estão sendo reorientados para atender aos interesses nacionais.
No entanto, críticos argumentam que essa reorganização compromete iniciativas vitais, como a vacinação infantil em países pobres e combate à malária. Embora tenha havido promessas de preservar programas essenciais, documentos enviados ao Congresso sugerem que algumas dessas iniciativas podem ser interrompidas.
O futuro da USAID agora está intimamente ligado às políticas do Departamento de Estado, com potenciais consequências globais nas áreas de saúde pública, desenvolvimento econômico e segurança internacional. Essa mudança reflete uma abordagem mais seletiva e estratégica no uso da ajuda externa pelos Estados Unidos.
A integração da USAID ao Departamento de Estado marca uma nova fase na política externa americana. Com isso, o governo busca alinhar melhor suas iniciativas de assistência com objetivos diplomáticos nacionais, embora isso possa resultar em descontinuidade de programas fundamentais para comunidades vulneráveis ao redor do mundo.