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Retomada das Cobranças de Empréstimos Estudantis Preocupa Milhões de Devedores
2025-04-22

O governo americano está prestes a reativar as cobranças sobre empréstimos estudantis em situação de inadimplência, uma decisão que pode impactar milhões de pessoas. Segundo o Departamento de Educação, a partir de 5 de maio, os devedores podem ser encaminhados para agências de cobrança ou inseridos em planos de pagamento com base na renda. Este movimento ocorre após mais de três anos de suspensão das obrigações de pagamento, inicialmente implementada durante a pandemia de coronavírus.

No início da crise sanitária global, o governo federal suspendeu temporariamente as exigências de pagamento dos empréstimos estudantis. Desde março de 2020, os tomadores desses créditos não precisaram efetuar pagamentos, especialmente aqueles em carência. Durante a administração Biden, houve tentativas recorrentes de reintegrar os devedores em situação irregular ou até mesmo perdoar suas dívidas. No entanto, planos ambiciosos para cancelar até $20.000 em empréstimos para milhões de americanos foram bloqueados pelo Supremo Tribunal.

Além disso, um novo plano de pagamento chamado SAVE, proposto no governo Biden e que ajustaria os valores devidos com base no tamanho do domicílio e na renda familiar, encontra-se suspenso desde agosto por ordem judicial. Vale lembrar que, sob a administração Trump, nenhuma concessão significativa foi oferecida aos portadores de empréstimos estudantis.

Com mais de 42 milhões de indivíduos endividados em cerca de $1,6 trilhão em empréstimos federais, o anúncio recente do Departamento de Educação ressaltou que não haverá perdão maciço de dívidas. Mais de cinco milhões de titulares de empréstimos estudantis não realizaram qualquer pagamento nos últimos doze meses. Nos próximos quinze dias, os devedores em atraso receberão comunicações eletrônicas informando seu status e possíveis encaminhamentos para agências de cobrança federal. Já no verão, muitos poderão enfrentar descontos automáticos em seus salários.

A retomada das cobranças coloca em evidência o desafio enfrentado por milhões de americanos que lutam para equilibrar suas finanças pessoais. A ausência de medidas mais abrangentes para alívio da dívida estudantil reforça a necessidade de soluções criativas e sustentáveis para lidar com essa crescente crise financeira. Enquanto isso, os devedores devem estar atentos às notificações e considerar opções de renegociação antes que as consequências se tornem irreversíveis.

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