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Tremor devastador em Mianmar revela fragilidades estruturais regionais
2025-03-29

Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mianmar na última sexta-feira, causando mais de 1.600 mortes e o colapso de várias construções. Apesar de Mianmar ser uma região de alto risco sísmico, países vizinhos como Tailândia e China também sentiram os impactos do tremor. Em Bangkok, localizada a mais de mil quilômetros do epicentro, um arranha-céu inacabado desabou. Este fenômeno ocorreu devido à profundidade superficial do tremor e ao tipo de falha geológica envolvida, que permitiu que a energia fosse transportada por grandes distâncias. A construção inadequada e o solo instável em algumas áreas contribuíram para os danos significativos.

O terremoto de Mianmar: causas e consequências

Em uma tarde marcante no sudeste asiático, um poderoso terremoto sacudiu Mianmar, gerando ondas de destruição que se estenderam até locais distantes como a capital tailandesa, Bangkok. O evento foi resultado do movimento complexo das placas tectônicas, com Mianmar sendo uma área particularmente ativa devido à convergência de quatro dessas placas. Uma falha chamada Sagaing Fault, que atravessa o país ao longo de mais de 1.200 quilômetros, foi responsável pelo tremor horizontal característico dessa região.

A proximidade da superfície terrestre onde o tremor ocorreu — apenas dez quilômetros abaixo — amplificou sua força. Essa profundidade rasa combinada à magnitude excepcional do terremoto fez com que as vibrações fossem sentidas em vastas áreas. Na Tailândia, o solo macio de Bangkok exacerbou os tremores, levando ao colapso de um prédio emblemático ainda em construção. Embora regulamentos modernos tenham sido introduzidos recentemente, muitos edifícios antigos não foram adaptados adequadamente às normas antisísmicas.

No caso de Mianmar, a situação é ainda mais crítica. Com infraestrutura frequentemente negligenciada devido a fatores socioeconômicos e políticos, poucos edifícios estão preparados para resistir a eventos sísmicos. Além disso, processos naturais como liquefação do solo aumentaram os danos em áreas próximas ao rio Ayerwaddy. Mandalay, uma cidade próxima ao epicentro, enfrentou tremores muito mais intensos, expondo suas fraquezas estruturais.

De acordo com especialistas, a recorrência de terremotos nesta região sugere que medidas preventivas urgentes devem ser tomadas. Os abalos secundários, conhecidos como réplicas, podem continuar a ameaçar construções já enfraquecidas nas proximidades da linha de falha.

Desde então, autoridades e engenheiros têm refletido sobre a necessidade de reavaliar códigos de construção e implementar soluções mais resilientes, especialmente em áreas suscetíveis a futuros terremotos.

Como jornalista cobrindo este incidente, percebo que o desastre serve como um lembrete crucial sobre a importância da preparação. Investimentos em tecnologias avançadas e materiais resistentes são essenciais para proteger vidas humanas. Este evento demonstra que mesmo regiões consideradas menos propensas a terremotos devem estar preparadas, pois a natureza pode surpreender em qualquer momento. É imperativo que governos e comunidades trabalhem juntos para garantir que tragédias semelhantes possam ser minimizadas no futuro.

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