O presidente Donald Trump revelou que pode reduzir as tarifas sobre a China como forma de incentivar o país a desempenhar um papel crucial no acordo envolvendo a venda do TikTok. Durante uma coletiva de imprensa na Sala Oval, Trump afirmou que a China precisa se envolver nesse processo, possivelmente concedendo aprovações necessárias para o fechamento da transação. Além disso, ele sugeriu que poderia oferecer uma diminuição nas tarifas comerciais em troca de cooperação chinesa, destacando que cada ponto percentual nas tarifas equivale a valores significativos. O prazo final para a venda do TikTok foi estendido, e várias partes interessadas, incluindo ex-membros do governo de Trump, estão considerando adquirir a plataforma.
A situação do TikTok tem sido amplamente discutida após a aprovação de uma lei no Senado em abril exigindo que a empresa cessasse suas operações nos Estados Unidos até 19 de janeiro, caso não se separasse de sua empresa matriz, ByteDance. No entanto, Trump suspendeu essa proibição por 75 dias ao assinar um decreto executivo em 20 de janeiro, dando à TikTok até 5 de abril para encontrar um novo proprietário dentro do território americano.
Vários compradores expressaram interesse na aquisição do TikTok, entre eles Steve Mnuchin, ex-secretário do Tesouro sob a administração de Trump, e Alexis Ohanian, cofundador do Reddit. Esses movimentos ocorrem enquanto as tensões comerciais entre os EUA e a China continuam aumentando. Desde o início do mandato de Trump, medidas protecionistas foram impostas contra produtos chineses, inicialmente com uma tarifa de 10%, posteriormente dobrada para 20%. Em resposta, a China aplicou suas próprias tarifas retaliatórias, afetando importações americanas como soja, carne suína e algodão.
Esse contexto de disputas comerciais coloca a negociação do TikTok em um cenário mais complexo. A proposta de Trump de usar tarifas como moeda de barganha reflete sua estratégia de ligar questões econômicas a outros interesses geopolíticos. Apesar das pressões externas e internas, nem o governo dos EUA, nem representantes do TikTok ou do ministério chinês de Relações Exteriores comentaram oficialmente essas alegações.
A sugestão de Trump de aliviar as barreiras comerciais sinaliza uma abordagem estratégica para resolver tanto o impasse comercial quanto o futuro do TikTok. Ao mesmo tempo, reforça a ideia de que decisões relacionadas à tecnologia global podem ser influenciadas por fatores econômicos e políticos mais amplos. Com prazos próximos e interesses múltiplos em jogo, o destino do TikTok continua incerto, dependendo de futuras negociações e desenvolvimentos diplomáticos.