Um simples chapéu vermelho com uma frase provocativa tornou-se símbolo de resistência contra a interferência dos Estados Unidos na Groenlândia. A criação, que sugere "Faça os EUA Irem Embora", ecoa como resposta direta à política expansionista do ex-presidente Donald Trump, que demonstrou interesse em anexar o território dinamarquês autônomo. Enquanto líderes groenlandeses e dinamarqueses rejeitam qualquer movimento nesse sentido, a presença contínua dos EUA se manifesta através de visitas diplomáticas, despertando desconfiança entre os habitantes.
O governo groenlandês tem expressado insatisfação com as visitas estadunidenses, consideradas por alguns como estratégias agressivas para consolidar influência no país nórdico. Movimentos populares têm surgido para reforçar a independência da ilha, enquanto a internet apoia amplamente a mensagem do chapéu viralizado.
O chapéu "Faça os EUA Irem Embora" foi criado por um residente de Sisimiut, refletindo uma postura firme contra intervenções externas. Essa peça simbólica ganhou notoriedade como protesto ao desejo de Trump de incorporar a Groenlândia aos EUA. Apesar das negativas oficiais sobre tal possibilidade, viagens de representantes americanos continuam sendo vistas com ceticismo.
Enquanto autoridades locais criticam essas visitas, argumentando que elas são meramente demonstrações de poder, a população local também se mobiliza. Um exemplo é a declaração do primeiro-ministro Múte Bourup Egede, que qualificou as incursões como "altamente agressivas". Ele ressaltou que a presença americana só serve para fortalecer a ideia de controle sobre a região, algo que a Groenlândia não deseja.
Além das críticas internas, o movimento anti-interferência ganha força globalmente nas redes sociais. Usuários internacionais celebraram a ousadia do chapéu, transformando-o em objeto de identificação e solidariedade. Esse fenômeno digital ajuda a consolidar uma imagem de unidade entre os groenlandeses frente às pressões externas.
O apelo feito por Reimer-Johansen em sua publicação no Facebook pede cautela durante as interações com visitantes americanos, sugerindo que sorrisos ou selfies podem ser interpretados como aprovação da influência estrangeira. Essa abordagem é compartilhada por muitos compatriotas, que preferem manter suas posições claras por meio de atitudes coletivas, como manifestações públicas. Assim, a resistência se expande além das fronteiras físicas da Groenlândia, conectando-se a comunidades globais sensíveis às questões territoriais e culturais.