No último evento realizado na Rose Garden da Casa Branca, denominado pelo presidente como o "Dia da Libertação" para os Estados Unidos, a Índia foi colocada como um exemplo intermediário no enfoque sem concessões de Trump. Este método aplica tarifas em duas etapas: uma taxa básica de 10% em todos os países, que entrará em vigor em 5 de abril, além de tarifas adicionais sobre certos países considerados "piores infratores", aplicáveis a partir de 9 de abril. A Índia, descrita por Trump como o "rei das tarifas", faz parte dessa lista devido à percepção de que Nova Delhi impõe impostos às importações americanas na ordem de 52%, número contestável derivado de barreiras não monetárias e não tarifárias.

O presidente dos Estados Unidos justificou sua decisão ao afirmar que, por décadas, as nações globais exploraram economicamente seu país, levando a uma reação drástica no mercado financeiro. O índice S&P 500 sofreu uma queda de 4%, perdendo US$ 2 trilhões em valor de mercado apenas em um dia, enquanto o dólar americano enfrentava sua maior queda diária registrada contra moedas principais.

Apesar disso, Trump expressou uma espécie de "bondade de coração", oferecendo um desconto de 50% nas tarifas propostas para a Índia, reduzindo-as para 27%. A repercussão dessas medidas terá impacto significativo no comércio global, redes de abastecimento e alianças diplomáticas estabelecidas há muito tempo.

A resposta da Índia veio através do governo, que busca firmar rapidamente um acordo comercial bilateral mutuamente benéfico com os EUA, mantendo um compromisso firme com relações estratégicas fortes. Fontes indicam que o ministério do Comércio está consultando conselhos de exportação e outros ministérios para avaliar o impacto e fornecer suporte às empresas afetadas. Com o primeiro-ministro Modi e Trump concordando em avançar com um acordo comercial bilateral mais tarde neste ano, as negociações técnicas estão previstas para começar neste mês.

Embora as tensões comerciais tenham se intensificado com as novas tarifas, há uma perspectiva otimista de que ambas as nações possam trabalhar juntas para resolver questões pendentes e moldar um acordo viável. Oficiais indianos sugerem que há interesse mútuo em ajustar algumas taxações locais para facilitar um entendimento econômico mais amplo entre os dois países.