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Altas Tarifas Sombream o Futuro Econômico de Países Afetados por Desastres
2025-04-03

Uma semana após um devastador terremoto atingir Mianmar, as tarifas impostas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sob a designação "Dia da Libertação", estão colocando em risco o futuro econômico do país. Enquanto luta para recuperar infraestruturas danificadas pelo tremor de magnitude 7,7, que deixou mais de 3.000 mortos, Mianmar enfrenta tarifas de 44%. Este cenário ocorre em meio ao caos político que se instalou desde 2021, quando o exército liderado por Min Aung Hlaing assumiu o poder. Outros países da região também sofrem com altas tarifas, como Camboja (49%) e Laos (48%), enquanto Lesoto enfrenta a maior tarifa de todos, 50%, apesar de ser um dos países mais afetados pela pandemia de HIV.

Situação Econômica e Política Sob Pressão

No coração da Ásia, em um período marcado por tragédias naturais e tensões políticas, Mianmar encontra-se entre os países que enfrentam algumas das maiores tarifas comerciais globais. O líder do regime militar viajará para Bangcoc para participar da cúpula BIMSTEC, onde buscará apoio internacional para lidar com os efeitos devastadores do terremoto que destruiu prédios em várias partes do país. A situação já era delicada antes do desastre natural, devido à instabilidade política que começou em 2021, quando o governo civil de Aung San Suu Kyi foi substituído pela junta militar.

Outras nações da região também são impactadas pelas decisões econômicas americanas. Camboja, com quase metade de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza, enfrenta tarifas de 49%, enquanto Laos lida com 48% e Vietnã com 46%. No sul da África, Lesoto, um dos países menos conhecidos globalmente, mas com uma das maiores taxas de HIV do mundo, sofre com tarifas de 50%. Curiosamente, ilhas remotas como Norfolk e Heard também foram incluídas nas medidas, mesmo com populações insignificantes ou nulas.

Ao observar este panorama, fica evidente a complexidade das relações internacionais contemporâneas. A imposição de tarifas pode parecer uma medida econômica isolada, mas, neste caso, reflete profundamente os desafios enfrentados por países já vulneráveis. Como jornalista, percebe-se que esses eventos destacam a necessidade urgente de cooperação global não apenas no campo econômico, mas também no auxílio humanitário. Talvez seja hora de repensar estratégias que beneficiem tanto as economias quanto as populações mais frágeis desses países.

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