O conflito entre a Ucrânia e a Rússia ganha novos contornos após o término do cessar-fogo unilateral declarado por Putin durante a Páscoa Ortodoxa. Enquanto autoridades ucranianas relatam ataques em várias regiões, Zelenskyy critica a postura russa, acusando-a de manobras propagandísticas. Apesar disso, tanto Washington quanto Kyiv expressam disposição para estender um possível acordo de trégua.

A situação no terreno continua tensa, com explosões sacudindo cidades estratégicas e alertas antiaéreos sendo ativados em várias partes da Ucrânia. Paralelamente, declarações políticas internacionais refletem divisões sobre como avançar nas negociações de paz.

Ceasefire Contestado e Escalada Militar

O cessar-fogo anunciado por Moscou foi recebido com ceticismo pelas autoridades ucranianas, que denunciam continuadas operações militares russas mesmo durante o período supostamente pacífico. Em resposta, Zelenskyy reiterou a disposição de seu país em adotar uma pausa nos combates por 30 dias, mas exige reciprocidade genuína. A falta de extensão oficial do acordo gerou preocupação global.

A decisão de Putin de limitar o cessar-fogo ao período da Páscoa levantou questionamentos sobre as verdadeiras intenções do Kremlin. Relatórios indicam que ataques com drones e artilharia continuaram ao longo do domingo, especialmente na região de Dnipropetrovsk. Autoridades regionais relataram danos a residências e incêndios em estabelecimentos comerciais, embora sem relatos de vítimas humanas até o momento. Este cenário reforça a percepção de que o anúncio russo era mais um movimento estratégico de comunicação do que uma genuína tentativa de desacelerar o conflito.

Tensões Diplomáticas e Pressões Internacionais

No campo diplomático, crescem as divergências entre os Estados Unidos e seus aliados europeus sobre a abordagem correta para encerrar o conflito. Enquanto Trump expressa otimismo sobre um possível acordo, outras fontes sugerem que a Casa Branca pode estar considerando soluções controversas, incluindo o reconhecimento de territórios ocupados pela Rússia. Essas propostas geraram críticas dentro e fora dos Estados Unidos, exacerbando as tensões entre Kyiv e Washington.

As recentes declarações de Zelenskyy destacam sua frustração com o que percebe como uma retórica pró-Putin vinda de algumas capitais ocidentais. Além disso, incidentes envolvendo mídia internacional, como a errônea identificação de Kyiv como parte da Rússia, aumentam a sensibilidade em torno da cobertura do conflito. O Ministério das Relações Exteriores ucraniano pediu esclarecimentos formais, ressaltando a importância de precisão em meio à complexidade geopolítica atual. Este contexto ilustra como questões diplomáticas e midiáticas se entrelaçam diretamente com a dinâmica militar no terreno.