Com a mortificação física do líder espiritual global, o mundo católico se prepara para uma cerimônia solene. O enterro de Francisco ocorrerá no sábado, em frente à Basílica de São Pedro, no Vaticano, marcando o início de um período crucial na história da Igreja.
O anúncio do falecimento do papa, cujo nome original era Jorge Mario Bergoglio, veio pouco depois de sua aparição pública durante as celebrações de domingo de Páscoa. Foi informado que ele sofreu um derrame, seguido por falência cardíaca irreversível, aos 88 anos. Durante seu pontificado, Francisco enfrentou desafios de saúde significativos, incluindo cinco semanas internado com pneumonia dupla. Após sua partida, a responsabilidade recai sobre o camerlengo, cardeal Kevin Farrell, para gerenciar os próximos passos até a escolha de um novo papa.
A sucessão papal é conduzida pelo Colégio dos Cardeais, compostos por homens designados anteriormente pelo próprio papa e geralmente bispos consagrados. Dentre os 252 cardeais atuais, apenas 135 são elegíveis para votar, já que aqueles acima de 80 anos participam das discussões mas não têm direito ao voto. Tradicionalmente, o conclave começa após um período oficial de luto, embora regras recentes permitam antecipação se assim desejarem os cardeais. Durante este processo, eles permanecem isolados no interior do Vaticano, longe de comunicações externas.
Enquanto o mundo observa atentamente o ritual ancestral da fumaça saindo da chaminé da Capela Sistina, simbolizando o progresso das votações, espera-se também que o próximo papa continue o legado deixado por Francisco. Este líder inovador trouxe mudanças significativas, preferindo simplicidade em seus rituais e abraçando uma visão mais inclusiva da fé. Seu exemplo pode influenciar fortemente a decisão final, levando talvez a uma escolha fora dos tradicionais limites europeus.