O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, reafirmou o compromisso do país com uma postura firme e preparada na região do Indo-Pacífico. Durante visita ao Japão, ele destacou a necessidade de deter agressões crescentes, especialmente em relação às ameaças chinesas ao redor de Taiwan. A colaboração entre os dois países inclui não apenas questões militares, mas também uma análise conjunta sobre as necessidades estratégicas para manter a segurança regional.
Hegseth enfatizou que o Japão desempenha um papel crucial nos cenários de contingência no Pacífico Ocidental. Além disso, ele expressou confiança na capacidade do aliado asiático de determinar autonomamente suas prioridades de defesa. Embora tenha havido discussões sobre aumento no orçamento militar japonês, nenhum número específico foi mencionado oficialmente, indicando respeito mútuo nas decisões estratégicas.
O fortalecimento da presença militar americana no Pacífico é essencial para garantir a estabilidade contra movimentos coercivos, como aqueles provenientes da China em relação a Taiwan. O Secretário Hegseth afirmou que a aliança entre EUA e Japão permanece inabalável frente às crescentes tensões. Ele destacou a importância da cooperação bilateral para responder adequadamente às mudanças no ambiente de segurança da região.
Com aproximadamente 54 mil soldados americanos estacionados no Japão, principalmente na ilha de Okinawa, a estratégia visa oferecer suporte imediato em caso de conflitos. No entanto, a administração Trump adota uma abordagem centrada nos interesses nacionais, o que pode implicar maior pressão sobre aliados para incrementarem seus próprios esforços de defesa. Apesar disso, Hegseth garantiu que "América Primeiro" não significa isolamento, mas sim parcerias sólidas como a com o Japão.
O Japão tem revisado sua postura pacifista tradicional, aumentando investimentos significativos em defesa. Recentemente, o país anunciou planos para dobrar seu orçamento militar até atingir o padrão da OTAN de 2% do PIB. Essa medida reflete a preocupação compartilhada com a escalada militar chinesa próxima a Taiwan. Durante as conversações, Gen Nakatani reiterou que as decisões sobre gastos devem ser baseadas na autonomia e responsabilidade japonesas.
Embora representantes americanos, como Elbridge Colby, sugiram metas ainda mais altas de 3% do PIB, o governo japonês mantém seu foco em reforçar internamente suas capacidades defensivas. Nakatani explicou que o Japão está implementando melhorias substanciais em sua infraestrutura militar, recebendo aprovação dos Estados Unidos. Ambas as nações concordam que a resposta eficaz às ameaças regionais requer contribuições equilibradas dentro da aliança.