O incidente ocorrido na Universidade Estadual da Flórida trouxe à tona memórias dolorosas para Ilana Badiner, que já havia vivenciado uma situação semelhante. Aos 21 anos, agora cursando o último ano na FSU, ela estava participando de uma aula de boliche quando um atirador abriu fogo próximo ao prédio, resultando em duas mortes e seis feridos antes de ser capturado pela polícia. Este episódio marcou mais um capítulo trágico na crescente lista de tiroteios em massa nos Estados Unidos.

Apesar de não ouvir os disparos por causa da música alta no local, Badiner percebeu imediatamente que algo estava errado ao ver estudantes correndo e deixando seus pertences para trás. Com a ajuda de Stephanie Horowitz, sua instrutora de boliche e também sobrevivente do tiroteio em Parkland, ela liderou cerca de 30 a 40 pessoas para esconder-se em um escritório atrás da pista de boliche. Durante esse tempo, Badiner enviava mensagens frequentes para seu pai enquanto refletia sobre suas experiências anteriores como aluna do ensino fundamental próximo à escola Marjory Stoneman Douglas, onde ocorreu um dos tiroteios mais devastadores da história recente.

Ao sair do prédio escoltada pela polícia, Badiner testemunhou cenas impactantes de emergência médica e preocupação entre os estudantes sobre a segurança no campus. Embora tenha conseguido chegar em casa com segurança, ela expressou frustração sobre repetir sentimentos de medo e incerteza. Ela reconhece a necessidade de mudanças significativas nas políticas públicas para prevenir futuros incidentes. Enquanto busca formas de lidar com o trauma, como dormir com luzes fracas à noite, Badiner reitera sua esperança de que as lições desses eventos tragam mudanças positivas rumo a um futuro mais seguro para todos.