Após um ataque mortal a turistas em Pahalgam, oficiais seniores do exército revelaram que a infraestrutura terrorista no Paquistão e na Caxemira ocupada pelo país permanece intacta. Os principais campos de treinamento estão localizados no interior, enquanto "plataformas de lançamento" ao longo da Linha de Controle (LoC) continuam operacionais. O chefe do Exército paquistanês, General Asim Munir, reiterou recentemente que a Caxemira é a "veia jugular" de Islamabad, prometendo apoio inabalável aos seus supostos irmãos caxemirenses. A Índia desconsiderou tais declarações.
O quartel-general do exército em Nova Deli avalia a situação mais recente, destacando que terroristas treinados no Paquistão utilizam rotas alternativas para infiltrar-se no estado indiano de Jammu e Caxemira, devido à forte rede anti-infiltração ao longo dos 778 km da LoC. Dez tentativas de infiltração foram frustradas no ano passado, resultando na morte de 25 terroristas. Apesar de não haver uma grande mobilização militar em Pahalgam, unidades especializadas em contrainsurgência foram enviadas imediatamente após o massacre. Especialistas sugerem que o ataque foi realizado para coincidir com a visita do vice-presidente dos EUA e do primeiro-ministro Modi à Arábia Saudita, buscando atrair atenção global.
Situação Militar e Estratégias de Confrontação
Oficiais indianos afirmam que os grupos terroristas continuam a explorar rotas alternativas para infiltrar-se em Jammu e Caxemira, evitando as defesas fortalecidas ao longo da Linha de Controle. Essas tentativas demonstram a persistência das ameaças apoiadas por estruturas consolidadas no Paquistão. Mesmo com avanços significativos nas operações contra-infiltração, como a neutralização de 25 terroristas em dez ocasiões no último ano, o risco ainda é elevado.
Com o aumento das tensões regionais, as autoridades militares indianas redobram esforços para conter movimentos insurgentes. A ausência de grandes contingentes militares em áreas específicas, como Pahalgam, exige uma resposta rápida e eficaz das forças especializadas, como o Rashtriya Rifles. A coordenação entre essas unidades e o comando central é crucial para mitigar ataques futuros. Além disso, os analistas indicam que os atentados são frequentemente planejados para coincidir com eventos globais importantes, visando maximizar o impacto midiático.
Contexto Político e Impacto Regional
O discurso inflamado do General Asim Munir reflete a postura política do Paquistão em relação à Caxemira, considerada vital para sua identidade nacional. Este posicionamento contrasta com a realidade econômica e social do território, onde recordes turísticos alcançados recentemente indicam melhorias significativas na qualidade de vida. No entanto, tal progresso parece incomodar Islamabad, que mantém suas chamadas "estratégias de ativos" através de redes jihadistas e seminários religiosos.
O aumento do fluxo de turistas para a região, ultrapassando 2,9 milhões no ano anterior, representa uma vitória simbólica para a estabilidade regional. Isso desafia narrativas simplistas sustentadas pelo Paquistão, que insiste na continuidade de seu apoio às organizações terroristas como LeT, JeM, UJC e Al Badr. Diante dessa complexidade, a Índia busca fortalecer sua diplomacia internacional, garantindo apoio global contra essas ameaças persistentes. A combinação de medidas militares e políticas será essencial para enfrentar os desafios vindouros.