Analistas de segurança afirmam que o atentado contra turistas desarmados em Pahalgam, realizado por uma organização ligada ao grupo terrorista paquistanês Lashkar-e-Taiba (LeT), representa um movimento desesperado para abalar a economia da região. Especialistas com vasta experiência em Jammu e Caxemira destacam que este tipo de ataque é inédito nos últimos anos, indicando uma mudança significativa nas táticas empregadas por grupos terroristas estrangeiros. O incidente gerou preocupações sobre as implicações econômicas e sociais para a população local.
O ex-chefe da polícia de Jammu e Caxemira, SP Vaid, declarou que atribuir o ataque ao The Resistance Front (TRF) seria apenas uma cortina de fumaça, já que as evidências apontam para o LeT como o verdadeiro responsável. Ele explicou que os terroristas locais geralmente evitam atacar turistas, conscientes do impacto negativo que isso pode causar na região. No entanto, o envolvimento de agentes estrangeiros indica uma escalada deliberada para prejudicar o setor turístico de Caxemira.
Vaid mencionou que, historicamente, ataques costumavam ser direcionados a peregrinos durante a Yatra de Amarnath. "Este novo foco reflete uma mudança estratégica que busca afetar severamente a economia local", disse ele. A expectativa é que turistas cancelem reservas, deixando hotéis vazios e gerando medo entre visitantes externos.
Outro ex-oficial experiente, SN Shrivastava, ex-chefe da polícia de Delhi e diretor-geral especial da CRPF em Jammu e Caxemira, concordou que o ataque a civis desarmados demonstra a desesperança dos grupos terroristas baseados no Paquistão. Após a revogação do Artigo 370, houve uma repressão considerável contra essas organizações. "Este incidente deve ser condenado universalmente, pois coloca em risco o sustento de muitos caxemirianos que dependem do turismo", acrescentou Shrivastava, enfatizando a necessidade de uma resposta adequada por parte da Índia.
O General de Divisão K Himalaya Singh (reformado), antigo Comandante do Exército do Corpo dos Cavaleiros Brancos (XVI Corpo), observou que ataques a turistas não eram registrados há cerca de 25 a 30 anos. Na década de 1990, ocorreram casos semelhantes, mas predominantemente contra turistas hindus. "Este evento marca uma enorme escalada. Como militar, posso garantir que haverá uma resposta proporcional, cuja magnitude dependerá das decisões governamentais", concluiu Singh.
A situação atual reforça a importância de medidas enérgicas para proteger tanto a população local quanto os turistas, garantindo que Caxemira continue sendo um destino seguro e próspero. As autoridades indianas devem avaliar cuidadosamente as opções disponíveis para enfrentar esta nova ameaça, preservando a estabilidade econômica e social da região.