O funeral do líder espiritual que transformou as tradições da Igreja Católica será realizado no próximo sábado, em frente à Basílica de São Pedro, no Vaticano. Apesar de manter certa grandiosidade típica dos eventos papais, a cerimônia seguirá um conjunto de diretrizes introduzidas pelo próprio pontífice para simplificar os rituais tradicionais. Essas mudanças refletem o compromisso de Francisco em aproximar a Igreja de seus fiéis, adotando uma postura mais humilde e acessível. A celebração contará com a presença de líderes políticos e religiosos de todo o mundo, além de milhares de devotos anônimos, conduzida pelo Cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais.
A simplicidade marcará não apenas o ritual, mas também a sepultura final do papa. Em vez de múltiplos caixões aninhados, como é costume na tradição vaticana, o corpo de Francisco repousará em um único caixão, posicionado diretamente no solo para a visualização pública. Segundo seu testamento, divulgado recentemente, o túmulo deve ser modesto, sem adornos extravagantes, ressaltando sua preferência por uma vida simples e despojada. Este desejo de minimalismo alinha-se com sua missão de reorientar a Igreja para os pobres, marginalizados e questões ambientais globais.
A morte do papa gerou uma onda de luto global, com missas em sua memória sendo celebradas desde Manila, nas Filipinas, até Buenos Aires, em sua cidade natal. Países como Itália, Brasil, Líbano, Índia e Argentina entraram em dias oficiais de luto, hasteando bandeiras a meio-mastro. O legado de Francisco perdurará através de suas reformas e ênfase na solidariedade universal, inspirando futuras gerações a abraçarem valores de justiça, igualdade e proteção ao planeta.